Elencamos as principais atrações turísticas que merecem a pena visitar em Segóvia. Para organizar a visita é apenas necessário traçar uma linha entre o aqueduto e o alcácer. Fácil!
Aqueduto Romano
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Aqueduto de Segóvia, Espanha. |
Datado do século II da nossa era, é o ex-líbris da cidade de Segóvia e não deixa de surpreender como a engenharia romana resolvia problemas com técnicas que ainda hoje continuam válidas. O facto de vencer o vale onde atualmente se situa a praça Azoguejo, elevando-se a 287 metros de altura possibilitando a chegada do precioso liquido desde a nascente de La Acebeda até ao interior da cidade romana, inusualmente localizada num alto. Além de observar o aqueduto nesta praça, local da sua máxima monumentalidade, propomos acompanha-lo até ao desaparecer da galeria, em direção à nascente, e assim poder descobrir arcos ogivais e uma inclinação nada natural dos seus arcos. Também em sentido contrário, e subindo pela rua San Juan vais encontrar a curiosa estátua do diabo a fazer uma selfie com o aqueduto, para depois rumar até ao miradouro do aqueduto no Postigo del Consuelo, foto imprescindível em Segóvia.
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Aqueduto de Segóvia, Espanha. |
Casa dos Bicos
Esta casa, que seguramente será prima da lisboeta casa homónima (LOL), foi erguida no século XVI pelo regedor da cidade, e provavelmente a fachada com pontas de diamante obedeça a critérios entre o decorativo renascentista e as funções militares de defesa ao encontrar-se esta casa junto a uma antiga porta da cidade.
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Casa dos Bicos na rua real de Segóvia, Espanha. |
Calle Real
Ainda que se procure no mapa não encontrarás a rua Real, dado que na atualidade esta corresponde a duas toponímias diferentes, constituindo-se como a principal artéria da cidade, e simultaneamente a de maior dinamismo comercial. Desde a casa dos Bicos saí a rua Juan Bravo que na sua reta final, antes de chegar à Plaza Mayor, se passa a denominar rua Isabel La Católica. Este eixo está repleto de uma variedade de estabelecimentos comerciais que vão desde as marcas internacionais, às lojas de recordações para turistas e até alguma loja tradicional que resiste ao tempo e às leis do consumo massivo.
La Alhóndiga
Trata-se de um enorme edifício industrial onde se armazenava o trigo para a cidade, tendo sido edificado no reinado da rainha Isabel de Castela (sec. XVI), pertencendo ao governo da cidade a sua gestão (atualmente é o arquivo histórico e galeria de exposições), atestado pelos brasões de armas da cidade que decoram a sua fachada.
Praça das Sereias
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Plaza Medina del Campo, Segóvia, Espanha. |
Outro dos topónimos que na realidade não existe, mas que é usado a diário pelos segovianos. A praça das Sereias faz referência a umas estátuas existentes na praça Medina de Campo, que na verdade tampouco são sereias (
sirenas em castelhano), mas sim esfinges que decoram a escadaria de acesso à praça onde se ergue a estátua do comuneiro Juan Bravo que liderou as hostes locais contra o poder real. Também desde aqui se pode observar a torre de Lozoya, que pertenceu a uma casa-fortaleza da qual apenas resta o torreão (sec. XV) usado atualmente como espaço cultural.
Igreja de San Martín
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Igreja S. Mantinho em Segóvia, Espanha. |
As suas três impressionantes absides são um dos elementos decorativos que engrandecem a praça das Sereias. É um dos exemplos do românico nesta região, uma grande igreja urbana edificada no século XII, rodeada por uma galeria exterior, com colunelos e capitéis amplamente decorados. Sobressaí ainda pela enorme torre mudejár que eleva as dimensões desta igreja dedicada a S. Martinho.
Antiga Sinagoga Maior e Judiaria
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Pátio de entrada na antiga Sinagoga de Segóvia, Espanha. |
Atualmente denominada igreja Corpus Christi, e ao serviço do convento de clarissas, especialistas na venda de doces, o espaço foi erguido no século XIII, sendo uma das 5 sinagogas que existiam nas judiarias de Segóvia. Neste caso concreto foi "nacionalizada" pela coroa ainda antes da expulsão dos judeus de Espanha e rapidamente consagrada como igreja católica (1410). Desde este ponto pode partir-se à descoberta da judiaria de Segóvia, que se estende desde a rua Judería Vieja até à igreja de Sto. André.
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Rua na judiaria de Segóvia, Espanha. |
Plaza Mayor
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Plaza Mayor de Segóvia, Espanha. |
Originalmente denominada praça de S. Miguel por no centro dela se encontrar a igreja homónima, até que em 1532 o templo foi demolido e reedificando-se no lateral da praça. Como todas as praças maiores de Castela, aqui se encontra o edifício dos Paços do Concelho (
Ayuntamiento) datado do século XVII. Num topo da praça encontra-se o teatro Juan Bravo (sec. XX) e no outro topo as absides da catedral segoviana. Foi nesta praça que Isabel de Trastâmara foi proclamada rainha de Castela em 1474.
Catedral
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Catedral de Segóvia, Espanha. |
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Catedral de Segóvia, Espanha. |
Dedicada a N. Sra. da Assunção e S. Frutos (santo local), é um templo de grandes proporções, edificado no século XVI, ainda de manufatura tardogótica, com algumas influências já renascentistas, tendo sofrido melhoramentos barrocos. A beleza da sua abside e pináculos são o cenário ideal para a praça Mayor, dado que a sua portada principal encontra-se numa pequena ruela. Este templo substiuíu a antiga catedral que se encontrava fronteira ao alcácer segoviano, de onde se transferiu o claustro gótico para esta nova edificação. No interior destaque para o retábulo barroco e para o coro, bem como a sua coleção de pintua (Entrada 3,00€/2019).
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Claustro tardogótico da catedral de Segóvia, Espanha. |
Alcácer
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Alcácer de Segóvia visto desde a pradaria de S. Marcos, Espanha. |
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Alcácer de Segóvia, Espanha. |
Este é o verdadeiro castelo de conto de fadas da península Ibérica. Os historiadores apontam a sua génese para a época celta, aproveitando a excelente localização, tendo transformando-se em paço real no século XIII, quando os reis D. João II e Henrique IV de Castela aqui se estabelecem as suas residências. O edifício enfrentou várias guerras e incêndios, tendo sido amplamente restaurado no século XIX. No interior destacam as salas com tetos trabalhados em madeiras da época mudéjar, azulejaria e algum mobiliário. A torre D. João II define o lado norte enquanto a sul o alcácer termina como a proa de um navio entre torreões de terminação cónica (Entrada 8,00€/2019). Para ter a melhor vista e foto do castelo o ideal é descer até à beira-rio e desde a pradaria de S. Marcos obter o postal ideal!
Igreja de S. Estevão
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Igreja de S. Estevão em Segóvia, Espanha. |
Considerada outras das joias do tardoromânico castelhano (sec. XII) sofreu vários incêndios ao longo dos tempos, sendo que atualmente o interior corresponde a uma reforma barroca. O exterior é marcado pela torre, considerada a mais alta da península Ibérica em estilo românico, apresentando ainda intacta a galeria com colunelos e capitéis historiados
Igreja da Vera Cruz e Convento S. João da Cruz.
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Ao fundo o alcácer visto desde o portal da Vera Cruz, Segóvia, Espanha. |
Do outro lado do vale do rio Eresma, na encosta fronteira ao alcácer situa-se a igreja da Vera Cruz, atual sede da Ordem de Malta em Espanha, e que a tradição diz ter sido fundada por cavaleiros templários, razão pela qual teria esta curiosa forma com doze lados, invocando o Santo Sepulcro de Jerusalém (Entrada 2,00€/2019). Nas proximidades, e junto a um outro santuário dedicado á padroeira local, encontra-se o convento de S. João de Deus, onde está sepultado este santo místico, numa capela em mármore verde (1927).
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Sepulcro de S. João da Cruz, Segóvia, Espanha |
Mosteiro de Santa Maria del Parral
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Claustro da portaria de Sta. Maria del Parral, Segóvia, Espanha. |
Trata-se de um convento de clausura da ordem jerónima, ainda em ativo, que se pode visitar de quarta a domingo às 11H e 17H (hora local), conforme a disponibilidade da congregação. Foi mandado construir por Henrique IV de Castela (sec. XV), estando considerado como uma das obras maiores do tardogótico espanhol. A visita permite conhecer o espaço da igreja, onde destaca o retábulo, o púlpito e o portal da sacristia, enquanto no espaço monacal se acede aos claustros da portaria e ao da hospedaria, enquanto o claustro processional apenas é visível por uma janela dado manter o uso para o qual foi criado, apenas acessível aos monges e noviços. (Entrada donativo/2019).
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Interior da igreja monacal de Sta. Maria del Parral, Segóvia, Espanha. |
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