7 segredos para conhecer numa visita a Elvas

Porta da esquina vista desde a capela de N. Sra. da Conceição, Elvas.

Como em qualquer cidade, Elvas tem sitíos menos conhecidos, curiosidades e atividades que apenas conhecem os seus habitantes e que seguramente são um complemento ideal para os 12 sítios imprescindíveis a conhecer em Elvas! Muito além do aqueduto da Amoreira, das muralhas e dos fortes e igrejas que o centro histórico da cidade-quartel, tem para oferecer, estes são 7 segredos de Elvas... Há mais alguns mas terás de ser tu a descobri-los!

1. Cemitério dos Ingleses

Cemitério dos Ingleses, Elvas.
É o mais antigo cemitério britânico em Portugal, onde repousam os restos de 4 oficiais ingleses e a esposa de um deles. Situado no meio baluarte da Corujeira é um espaço conservado pela comunidade britânica da cidade, que recuperou também a capela S. João da Corujeira, anexa ao cemitério. Estes militares estrangeiros morreram no decorrer da Batalha de Albuera (Espanha) onde combatiam ao lado dos portugueses frente às tropas napoleónicas. Anualmente, em maio, comemora-se a efeméride com uma cerimónia presidida pelo Embaixador do Reino Unido na presença das forças militares portuguesas, inglesas e espanholas.

2. Pôr-do-sol na Conceição

Baluarte da Conceição, capela e Porta da Esquina, Elvas.

É porventura o melhor miradouro do centro histórico, numa posição ideal sobre o aqueduto da Amoreira, com vistas para as porta da Esquina e muralha abaluartada, com o forte de Santa Luzia no horizonte e o casario escalonado de Elvas ao lado. Desde o baluarte da Conceição, junto à capela homónima, é o sitio ideal para contemplar o pôr do sol, no interior das muralhas elvenses. Sozinho ou acompanhado, com uma garrafa de vinho alentejano ou apenas armado com a máquina fotográfica ali nos vemos!


3. Luis de Morales, "El Divino"

Anunciação do antigo retábulo de Luis de Morales no museu de Arte Sacra, Elvas.

Um segredo de Elvas é seguramente ter dentro das suas muralhas peças de arte que alguns museus adorariam ter. Se já foste ao Museu de Arte Antiga em Lisboa ou ao Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo e admiraste dos quadros de Luis de Morales, fica a saber que Elvas teve na sua antiga Sé um retábulo inteiro realizado pelo "El Divino". Basta visitar o museu de Arte Sacra da catedral elvense para conhecer algumas das tábuas renascentistas deste pintor espanhol. Há também um cálice oferecido por Filipe II de Espanha ao bispo de Elvas!


4. Cisterna Militar da Praça de Elvas

Cisterna militar, Elvas.
Mantendo-se ao serviço do abastecimento de água ao centro histórico em caso de necessidade extrema, conservando assim a função para a qual foi construída em 1650, por Nicolau de Langres.  Situada no interior do troço da muralha abaluartada entre os baluartes de S. João de Deus e o redente do Cascalho, possibilitava armazenar água, proveniente do aqueduto, para consumo da populaçãoi e assim resistir ao cerco das forças inimigas. A cisterna elvense, com uma capacidade de 2.320 m3, é considerada a maior cisterna à prova de bomba do mundo!

5. Biblioteca Públia Hortênsia de Castro


Biblioteca Públia Hortensia de Castro, Elvas. | foto C.M.Elvas.
A biblioteca elvense ocupa o antigo Colégio de S. Tiago da Companhia de Jesus, edificado em 1645, tendo sido inaugurada a 10 de junho de 1880. O seu espólio histórico conta com dezenas de milhares de fundos paroquiais, testamentários e outros fundos doados contando com uma coleção de incunábulos únicos. A sala onde se encontra a biblioteca Publia Hortência de Castro foi desenhada pelo arq. Balmaceda Aires em madeira de macacaúba, originária do Brasil. Quanto a Publia recordar que se trata de uma mulher humanista única na história lusa.

6. Adarve islâmico / Conselho de Guerra

Adarve islâmico medieval e Conselho de Guerra, Elvas.
O edifício está atualmente ocupado pelo Centro de Artes e Ofícios do Património da Eurocidade e pelo Clube UNESCO, depois de ter acolhido a Cruz Vermelha, um infantário, os Correios e originariamente o Conselho de Guerra. O edifício construiu-se no sec. XVII numa esquina da muralha islâmica do século XII destinando-se a albergar o conselho de comandantes e governadores militares para a decisão estratégica. Esconde no seu interior o acesso ao adarve da segunda cintura de muralhas.

7. Pilastra Visigótica

Pilastra visigótica no museu Militar de Elvas.
Encontrar vestígios da ocupação visigoda em Portugal não é tarefa fácil, contudo em Elvas existe uma pilastra visigótica que é simultaneamente um mistério. Localizada no interior do museu Militar de Elvas, que ocupa os antigos quartéis oitocentistas que o eng. Valleré desenhou, e que albergaram vários regimentos até aos dias de hoje. Dentro do museu encontramos esta pilastra reaproveitada para ombreira de uma janela aberta junto à muralha fernandina.


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