7 apontamentos para visitar Viseu

Catedral de Viseu.
"Indo eu, indo eu 
A caminho de Viseu 
Encontrei o meu amor 
Ai Jesus, que lá vou eu"

Esta lengalenga musical que ainda se ouve nos infantários fez com que no imaginário de todos germinará desde pequenos a proximidade emocional com esta cidade, que pouco depois, na antiga escola primária, hoje ensino básico, nos ensinassem que ali viveu o tal Viriato, e que anos depois aprenderiamos ser também o berço do maior pintor do renascimento português, o Grão Vasco.

1. Museu Grão Vasco

O S. Pedro de Grão Vasco no museu de Viseu.
Instalado no que fora o antigo paço episcopal (sec. XVI), denominado dos Três Escalões, o museu é criado em 1918 para preservar o denominado Tesouro da Sé, tendo sofrido a última grande intervenção em 2003 pela mão do arqº Souto Moura. Da coleção fazem parte alfaias e imagens para o culto que abrangem desde o romanico ao barroco, mobiliário, peças arqueologicas e outras, mas a sua riqueza é o antigo retábulo quinhentista da sé vizinha, pintado por Vasco Fernandes, em boa hora apelidado de Grande Mestre, e as obras que ainda não sendo suas sairam da sua oficina ou lhe são contemporâneas.

2. Catedral de Viseu

Claustro da catedral viseense.
No alto da cidade a antiga igreja episcopal deverá remontar aos tempos de D. Afonso Henriques, sendo contudo o edifício atual maioritariamente às inicadas por D. Dinis prolongando-se ao longo dos tempos, como se pode comprovar pelos motivos decorativos manuelinos que a marcam. Exteriormente a fachada corresponde a obras setencentistas e enmarca-se entre o paço episcopal e a galeria / varandim. No claustro renascentista existem as marcas mais visíveis do primitivo templo românico. Não deixes de contemplar o relicário de S. Teotónio, confessor do primeiro rei luso e primeiro santo português.

3. Misericórdia

Igreja da Misericórdia, Viseu.
A fachada barroca da Misericórdia enfrenta a fachada da sé viseense, obra de António da Costa Faro que no sec. XVIII a eleva num belo exemplo do rococó solarengo, coroado por duas torres sineiras aos extremos. Este edifício veio a substituir o anterior quinhentista da época da fundação da Misericórdia local. O interior é bastante simples em estilo neoclassico.


4. Portas e muralhas

Porta de Soar, Viseu.
Atualmente da antiga fortificação medieval apenas restam duas portas e uns troços vizinhos. A mais central, junto à catedral, denominada Porta de Soar, de arco ogival, em cuja muralha se encontra um nicho com S. Francisco, que também dá nome a esta porta. A outra porta no lado oposto a esta é a Porta dos Cavaleiros, com um troço também de muralha anexo e um fontanário do século XIX. Na rua Formosa, foi escavada parte da muralha romana que se pode observar debaixo de vidros no chão.

5. Judiaria e rua direita 

Rua Árvore, Viseu.
Para encontrar a zona medieval de Viseu há que percorrer a rua direita, ainda cheia de comércios tradicionais com curiosas lojas que merecem a visita. A judiaria, onde se permitia residir a comunidade judaíca de Viseu ocupava o quarteirão ocupado pelas ruas da Senhora da Piedade e da Senhora da Boa Nova e da própria rua direita. Usar a rua Escura para subir até às traseiras da catedral é também uma opção.

6. Rossio 

Selfie no Rossio de Viseu.
O Rossio é o coração da cidade ocupado desde o século XVI, mas que atualmente corresponde maioritariamente a edifícios do sec. XIX e XX, caso dos Paços do Concelho ou do antigo Banco de Portgal (sec. XX). O jardim das Mães, o museu Almeida Moreira e a Casa da Regadeira fecham o rossio por um lado enquanto do extremo oposto se encontra a igreja de S. Francisco do Terceiros (sec. XVIII). Também no Rossio não há que deixar de admirar o painel de azulejos (1931) com figuras tradicionais



7. Cava de Viriato

Viriato e seu homens em frente a Viseu.
Este é seguramente o mais original monumento de Viseu, no exterior da qual se encontra a estátua de Viriato. A Cava de Viriato, ainda que homenagie o nome do herói local que lutou contra os Romanos, nada terá que ver com ele, na verdade trata-se de um acampamento romano, rodeado por uma muralha de terra batida de forma octogonal e respetivo fosso. Aqui ao lado celebra-se a tradicional Feira de S. Mateus. Para regressar ao centro pode usar-se o funicular que chega à catedral.

Funicular descendo desde a Sé de Viseu.

Estátua de D. Duarte, Viseu.

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