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Estátua de Manuel González, fundador de Tio Pepe, Jerez de la Forntera, Espanha. |
Jerez de la Frontera, capital do cavalo, capital do motociclismo, capital do vinho fino, capital..., são vários os epítetos de que esta cidade andaluza se pode gabar, e são estes alguns dos motivos e atrações que trazem milhares até este recanto de Espanha. Se não conheces podes ir agendando uma visita.
O passeio por alguns dos pontos de interesse em Jerez é fácil de percorrer, pela proximidade e facilidade de caminhar.
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Interior do Alcácer de Jerez de la Forntera, Espanha. |
O nosso roteiro começa pela Alcáçova ou Alcácer, um conjunto monumental que remonta ao sec. XII, fundado pelo rei Abul al Gamar que constrói este palácio-fortaleza a partir do qual administra o seu reino taifal. Ainda hoje, e após obras de recuperação são visíveis elementos desse primitivo edifício que vão muito além das paredes das muralhas que o delimitam, vejam-se os banhos árabes ou a mesquita. Depois da conquista cristã, passa a ser usado como dependências do alcaide até que no sec. XVIII se aproveita para nele se construir um palácio barroco, onde hoje se encontra instalada uma câmara oscura, idêntica à do castelo de S. Jorge de Lisboa. (Entrada 7,00€/2018).
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Selfie na adega, Jerez de la Forntera, Espanha. |
Logo ali ao lado encontramos as adegas do vinho Tio
Pepe, fundadas em 1835,
por Manuel Maria González Ángel, que rapidamente cresceram
graças à exportação com destino ao Reino
Unido, chegando hoje a mais de 100 países com uma produção anual superior às 42
milhões de garrafas de vinho fino.
Este vinho é
elaborado con uvas da casta Palomino, sendo um fino fortificado, do género do vinho
do Porto, ou ainda o Pedro Ximenez também cultivado nestes campos junto ao mar.
A visita às
adegas de Tio Pepe é toda uma experiência, não sendo de estranhar que em 2017
tenha sido eleita a melhor adega da Europa. (Entrada desde 15,50€/2018, podes reservar aqui).
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Sé do Salvador de Jerez de la Forntera, Espanha. |
Rumamos agora até à Sé. É um edifício de grandes proporções que aproveita o declive do terreno. Curioso é o facto de ter a dignidade episcopal apenas desde 1980. O templo situa-se sobre a antiga mesquita, adaptada ao culto católico. Na vizinha torre sineira isenta pode ler-se perfeitamente o seu passado como minarete. Todo o edifício atual foi pensado e iniciado no século XVIII, graças aos tributos pagos pela venda do vinho fino de Jerez. O interior é um harmonioso espaço barroco, cheio de luz e cúpulas. Destaque para uma pequena pintura de Zurbarán no seu museu de arte sacra. (Entrada 5,00€/2018).
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Interiores da sé de Jerez de la Frontera, Espanha. |
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Portal da Anunciação e Torre Sineira da sé, Jerez de la Forntera, Espanha. |
Que tal um descanso para provar um petisco local e beber um vinho fino! Em redor da praça Arenal e ruas anexas há muita e diversificada oferta.
Como sobremesa visitámos a igreja de S. Miguel (sec. XV/XVI), edifício de matriz gótica, com ares do início do renascimento e encimado por uma torre barroca que serve de
skyline da cidade pela sua altura. O cruzeiro, o retábulo e a capela do sacrário são os principais pontos de atração no seu interior.
Regressando ao centro e à rua Larga, não deixes de entrar nos claustros da igreja de S. Domingos, nesta visita não o pudemos fazer, mas apresentam-nos como uma das obras maiores da cidade.
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Praça da Assunção, Jerez de la Forntera, Espanha. |
Outro recanto interessante e
sui generis de Jerez é o formado pela igreja gótica mudéjar dedicada a S. Dinis de Areópago, o antigo Cabido de belas proporções renascentistas, a coluna com a imagem da Assunção da Virgem (sec. XX) e um conjunto harmonioso de palacetes neoclássicos completam esta praça de onde nos despedimos de Jerez de la Frontera, ficando o regresso prometido para completar o visitado neste dia.
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Curioso puxador na sé de Jerez de la Forntera, Espanha. |
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