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Coluna de Trajano, Roma. |
Roma, a cidade eterna, é sempre um destino europeu a ter em consideração quando tenhas disponíveis um par de dias livres para viajar. É uma cidade cheia de motivos de visita e em cada esquina uma nova visão sobre o já conhecido, mas sempre com muito mais para descobrir.
Listar uma série de locais essenciais em Roma, torna-se um trabalho hercúleo e estéril, mas por algum lado se tem que começar a planificar uma visita à capital de Itália e à cidade-estado do Vaticano. Roma é uma cidade para calcorrear a pé, pois além do básico há sempre pequenas atrações que se descobrem na ruela mais escondida ou na praça menos esperada.
No mapa abaixo podes localizar em amarelo aquilo que considero essencial para uma visita a Roma.
Fontana di Trevi
Nada melhor que começar uma visita a Roma pedindo regressar. Para isso existe o sitio e o ritual. Lançar uma moeda virado de costas à fonte pode garantir o regresso à cidade eterna. Depois de lançá-la e do respetivo selfie, há que procurar um espaço livre para sentar-se e contemplar demoradamente esta fonte barroca que deve precisamente o seu nome ao estar num pequeno largo onde acabam 3 ruas (
"tre vie") e ao capricho do papa Clemente XII que a mandou remodelar, ainda que este não a tenha visto terminada.
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Fontana de Trevi, Roma. |
Pomos pés ao caminho que há que aproveitar este fim de semana em Roma. E os pés vão sofrer pois a calçada romana não ajuda os turistas. Passagem pela piazza Colonna, onde se encontra a
coluna de Marco Aurélio (sec. II). Atenção que a estátua no seu cimo não é a do imperador mas sim a de S. Paulo ali colocada em 1589. Subindo a via del Corso, chegamos à piazza Venezia, aproveitando para fotografar o
monumento a Vitorrio Emanuele II (1911) e a bela
coluna de Trajano (sec. II).
Roma Imperial
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Coliseu, Roma. |
Partindo da coluna de Trajano, começamos a descer e a poder contemplar restos da época romana: o Mercado de Trajano (sec. II), o Foro de Trajano, e seguindo a via dei Fori Impereali, pode-se gratuitamente observar uma panorâmica do
Foro Imperial. Ao fundo já se vislumbra o
Coliseu (sec. I), entrar e imaginar 50.000 pessoas assistindo a exibições de gladiadores, animais exóticos e até recriações de batalhas navais é um exercício obrigatório. Passando o Arco de Constatino (sec. IV), e na via di San Gregorio, encontramos a entrada para o
Palatino, colina na qual residia a rica burguesia da Antiga Roma. Entrada 12,00€ / 2017, podendo reservar-se via
página oficial por um extra de 2,00€. Para terminar este passeio pela arqueologia imponente da Antiga Roma resta-nos o
Circo Máximo (sec. VI a.c.), o maior espaço lúdico com capacidade para 300.000 espetadores!
Trastevere
Para fim de tarde e noite em Roma, tens que cruzar o rio Tibre e perder-te em Trastevere, ou como quem diz "além Tibre". Uma das formas mais bonitas de entrar no bairro é cruzando a ilha Tiberina, atravessando as
pontes Fabricio, a mais antiga ponte da cidade, construída em 62 a.c., e a
ponte Sisto (sec. XV). O bairro é bastante pitoresco, com ruelas cheias de galerias de arte, oficinas de artesãos e artistas, bares e restaurantes. Se conseguires visita a
basílica Sta. Maria in Tratevere.
Vaticano
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Basílica S. Pedro, Vaticano. |
Iniciamos o segundo dia passando pela impressionante
praça de S. Pedro (sec. XVII) caminho dos
Museus Vaticanos para uma visita breve pelo essencial, regressando de novo à praça para esperar vez para entrar na
basílica de S. Pedro (sec. XVI), símbolo universal do catolicismo e recheada de obras de arte, como a Pietá de Michelangelo (sec. XVI) ou o baldaquino de Bernini (sec. XVII).
De novo há que atravessar o rio Tibre, e fazemo-lo junto ao Castelo Sant’Angelo, antigo mausoléu de Adriano, sobre o qual se levantou no sec. V este castelo dedicado ao arcanjo S. Miguel.
Piazza Navona
Chegados à
praça Navona, o primeiro que se deve notar é a sua forma, que corresponde ao antigo recinto desportivo do imperador Domiciano (sec. I). Ao longo dos séculos o espaço das bancadas foi ocupado por casas particulares, devendo-se o seu aspeto monumental ao papa Inocêncio X, este encomendou, além de um palácio para a sua família, atualmente embaixada do Brasil, as várias fontes que a ornamentam, destacando-se ao centro a
fontana dei Quattro Fiumi. Esta em conjunto com as
fontana di Nettuno e a
fontana del Moro permitiam transformar esta praça num enorme lago durantes os verões até ao sec. XIX. Este pode ser o local ideal para sentar-se e refrescar-se com um
gelato!
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Selfie no Panteão |
Panteão
Cruzando o corso del Rinascimento e passando pela igreja de São Luís dos Franceses (sec. XVI) chegamos ao que considero o monumento maior de Roma, o
Pantheon de Agripa (sec. II). É o maior e mais importante testemunho intacto da arquitetura da Antiga Roma. De templo dedicado a todos os deuses a ser hoje uma igreja dedicada a Sta. Maria dos Mártires. A sua cúpula de proto-betão não deixa ninguém indiferente!
Piazza di Spagna
Voltando uma vez mais a usar a via del Corso tomamos a direção à praça de Espanha, parando também para visitar a igreja da S.S. Trindade dos Espanhóis (sec. XVIII). (Se queres saber onde é a igreja de Sto. António dos Portugueses espreita aqui. em breve). Entre as lojas de moda da via Condotti, vislumbra-se já a escadaria da S.S. Trindade do Monte, por onde decorrem alguns desfiles de moda nas noites de verão, terminando na fontana della Barccacia (sec. XVII).
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Escadaria e igreja SS Trindade do Monte, Roma. |
Praça del Popolo
Para terminar esta segunda jornada de visita pelo essencial de Roma subimos a via del Babuino. Ao fundo encontra-se a praça das igrejas gémeas, a piazza del Popolo. Esta era a porta norte da cidade imperial, e desde o sec. XVI está presidida pelo obelisco egípicio de Ramsés II, para aqui transferido desde o Circo Máximo. A principal razão de termos findo até aqui é admirar as obras de Caravaggio que alberga a igreja Sta. Maria del Popolo (sec. XV). Findamos o fim de semana subindo ao jardim de Pincio para fotografar desde o alto Roma, despedindo-nos até uma próxima visita.
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