O melhor de Portugal, por travel bloggers portugueses


Decidi convidar uns colegas travel blogger a escolherem o seu recanto favorito do nosso Portugal. Esta é uma visão do nosso Portugal por quem, como eu, escreve sobre as suas viagens. O meu muito obrigado pela sua generosidade! Se não conheces os seus blogues este é um pretexto para os conheceres.

Mértola é a vila mais árabe de Portugal 

por Catarina Leonardo do blogue Viajar pela Historia

Rio Guadiana visto desde Mértola. Foto de Catarina Leonardo.

Mértola é uma vila do distrito de Beja, no extremo Sul do Baixo Alentejo, que tem um enorme património histórico. A sua história começou com os fenícios, que criaram um importante entreposto comercial. Seguidamente também lá estiveram os romanos e os árabes. Estes ocuparam a zona durante 500 anos, tendo deixado uma influência muito forte. No ano de 1238 Mértola foi tomada pelos cristãos e a mesquita existente, sofreu alterações para se adaptar a um templo cristão. Ainda hoje vemos elementos do passado da Igreja Matriz, como as portas com arco em ferradura ou o mirhab. É o único espaço religioso árabe conservado em Portugal.

Monsaraz

por Débora Santos do blogue Damos a volta

Muralhas de Monsaraz. foto de Débora Santos.
Quando era criança gostava de me imaginar noutros séculos a percorrer ruas estreitas enquanto o meu vestido deslizava sobre as pedras e a minha imaginação era transportada para uma outra época onde as pessoas eram tão pequenas como as portas das casas que aqui existem. Hoje, adulta, faço exactamente o mesmo sempre que aqui venho.
Do Século XII aos dias de hoje esta vila mantém um encanto único no coração do nosso Alentejo. Seja pelo seu Castelo e Igreja, seja pelas ruas labirínticas, pelas pequenas lojas de artesanato difíceis de resistir, ou pelo simples prazer de poder ver um dos mais lindos pôr-do-sol do Alentejo com vista exclusiva para o Alqueva.
Seja por tudo isto e muito mais, continuo a deixar correr a minha imaginação sempre que volto a Monsaraz.

Sintra, um mundo de fantasia a dois passos de Lisboa

por João Paulo do blogue Diário das Viagens

Palácio da Pena, Sintra. Foto João Paulo.
Sintra,parece por estes dias ter entrado definitivamente no roteiro de locais de passagem obrigatória para quem visita Lisboa e arredores. Mas nem sempre foi assim...

Houve tempos em que esta pequena vila não passava de um destino de fim de semana para alguns,que tal como eu aqui chegavam de comboio ao domingo de manhã. Lembro-me de aqui andar de mão dada com minha mãe e de percorrer as ruas de calçada irregular,envolvidos pelo silêncio e pelas bonitas casas pintadas de branco. Naqueles dias,a paragem na pastelaria Piriquita fazia parte do nosso ritual dominicano.À hora do lanche comíamos um ou dois daqueles travesseiros cobertos de açúcar que hoje já não parecem os mesmos,mas que ainda têm o condão de reavivar memórias. Lembro-me de visitar o Palácio da Vila e ficar de boca aberta no momento que entrei naquela enorme cozinha onde tachos e panelas de proporções gigantescas pendiam das paredes cobertas de azulejos. Quando ainda não se falava de visitas à Quinta da Regaleira nem ao Palácio de Monserrate,subíamos a serra e recordo-me de nos dias de inverno sentir o cheiro da terra molhada que saía daquelas matas,onde no meu olhar de criança,se escondiam fadas e duendes. Lá do alto,tão alto onde quase conseguia tocar as nuvens,erguia-se o Palácio da Pena que me fazia viajar para lugares distantes,e de onde sentado num qualquer parapeito,via um Castelo habitado por uns tais Mouros que só acabei por visitar anos mais tarde. Lembro-me também de ver o mar,e se tivéssemos sorte com o vento,de sentir o aroma da maresia que me transportava para os dias de férias passados na Praia das Maçãs. Ao final da tarde e antes de regressarmos a casa,comprávamos quase sempre a uma velhinha sentada à porta da estação ferroviária,uma embalagem de Cajadas de Sintra que acabava por não sobreviver à viajem de mais de uma hora.

Hoje e sempre que posso,faço questão de voltar e à minha maneira reviver todos aqueles momentos que tanto me marcaram. Sintra era e continua a ser o meu cantinho favorito,o meu mundo de fantasia que não me canso de visitar. A vila mudou mas as memórias permanecem inalteradas.

...e o cheiro a maresia ainda aparece de vez em quando!


As casinhas de brincar da Costa Nova 

por Miriam Augusto do blogue Salty Soul Journey


Costa Nova do Prado é o nome da vila piscatória que dá lugar às tão famosas casinhas de riscas coloridas. Numa língua de terra abraçada de um lado pelo Oceano Atlântico, de outro pela Ria de Aveiro, os antigos palheiros, originalmente construídos por pescadores para guardar o material piscatório, fazem hoje as delicias de quem por ali se passeia, com a sua imensa paleta de cor. As listas, em tons vivaços de azul, vermelho, verde ou amarelo combinados com o branco, transmitem uma atmosfera de alegria e vivacidade que facilmente nos fazem sentir numa terra encantada.

A melhor altura para as apreciar, é pela manhã quando o sol expõe dramaticamente as suas cores e ao sabor de uma Tripa de Aveiro.


O Miradouro do Arco da Rua Augusta

por Sónia Justo do blogue Lovely Lisbonner

A Sónia com a Praça do Comércio de fundo. Foto Sónia Justo.
Já perdi a conta às vezes que já subi ao Miradouro do Arco da Rua Augusta em Lisboa. Primeiro porque adoro contemplar cidades através dos seus miradouros. E em segundo lugar, porque este é o meu local favorito na cidade de Lisboa.
Está aberto ao público desde 09 de Agosto de 2013. E oferece a quem o visita uma panorâmica única sobre a cidade.
Para mim esta é uma das melhores vistas do mundo, sobre cidades. E olhem que já tive a oportunidade de estar em alguns locais com vistas magníficas, mas realmente vai ser muito difícil destronarem o Miradouro do Arco da Rua Augusta. Claro que o facto de Lisboa ser a minha cidade favorita também conta muito para esta equação. Quem nunca subiu ao Arco não vai perceber a magia da luz sobre o Terreiro do Paço, sim a maravilhosa e tão falada luz de Lisboa, da qual não me canso. A visão do Tejo e do Cais das Colunas, as Ruinas do convento do Carmo e o Castelo de São Jorge.
A entrada no monumento faz-se pela Rua Augusta, através de uma pequena porta mesmo ao lado do arco. Poderá haver algum tempo de espera para subir no elevador, já que por questões de segurança foi determinado que não poderão permanecer mais de 35 pessoas em simultâneo no miradouro.
O elevador vai dar ao salão de abóbadas que alberga a maquinaria do relógio, que em 1941 substituiu o mecanismo original. E onde podem ver uma exposição com a história do Arco, que começou a ser pensado em 1759 foi concluído em 1875.  Mas preparem-se para subir dois lanços de escadas, que se erguem para lá do elevador. O elevador só vai até ao segundo piso.
Está aberto diariamente, entre as 9h e as 19h. No Inverno se subirem por volta das 18 horas, como eu já fiz em Dezembro, permite-vos ter uma visão completamente diferente, de noite e com a iluminação de Natal.

São Miguel, um mergulho na natureza 

pelos travel bloggers d'O melhor blog do mundo

Quando recordamos as nossas viagens há sempre uma que nos salta à memória, a viagem à ilha de São Miguel.

Cada ilha dos Açores é única, sempre com o verde dos campos e o azul do Oceano como pano de fundo, mas com pormenores únicos que as distinguem. A ilha São Miguel é provavelmente a mais completa, é um paraíso, a beleza dos campos, montes e vales é verdadeiramente genuína. As lagoas são imponentes e as Furnas parecem saídas de um conto de fadas. Aliada a toda esta beleza que nos obriga a longas caminhadas para desfrutar ao máximo, existe uma deliciosa gastronomia que nos recupera as forças, como um bom bife de novilho. Para terminar de uma forma igualmente deliciosa mas doce, destacamos as Queijadas da Vila de Vila Franca do Campo acompanhadas por um chá proveniente das plantações da ilha.

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