Pormenor do pátio das Donzelas, Real Alcázar de Sevilha, Espanha.
O Real Alcázar de Sevilha é um dos monumentos mais visitados da cidade e simultaneamente o palácio real mais antigo da Europa ainda em uso, pois a Casa Real espanhola usa-o nas suas estâncias na Andaluzia (Espanha). Curiosamente este palácio aumentou o número de visitas depois de ter sido cenário da série A Guerra dos Tronos, onde se gravaram as cenas do Reino de Dorne.
Antes do período muçulmano, já este local tinha sido ocupado por edifícios romanos e em época posterior por uma basílica paleocristã. A fundação deste palácio fortificado ocorre em 913 por decisão do califa de Córdova, passando a ser um centro de poder, sucessivamente ampliado e melhorado ao longo dos séculos. Não menos importantes são os vários jardins que completam todo o complexo.
Este sítio foi classificado pela UNESCO como Património Mundial em 1987, em conjunto com a Catedral e o Arquivo de Índias, no coração histórico da cidade de Sevilha. A ocupação continuada até aos nossos dias recheou-o de história e património de várias épocas.
Ultrapassando a Porta do Leão, abre-se aos nossos olhos um continuar de recantos, salas e jardins que relatam a história de local e de Espanha.
A entrada 9,50€ (2017) e o ideal é comprá-la por internet evitando assim a fila das bilheteiras, e acedendo diretamente pela fila destinada aos já portadores de bilhete. Deixo-vos, resumidamente, os pontos essenciais para uma visita, tendo em consideração que esta pode ter uma duração de 2 a 3 horas por livre.
Pátio dos Gessos, Real Alcázar de Sevilha, Espanha.
O primeiro pátio a que se acede é o do Leão, onde à esquerda se situa a primeira joia deste palácio, ou melhor, sucessão de palácios. Trata-se da Sala da Justiça, com um teto de madeira mudéjar, e na continuação deste o pátio dos Gessos, um dos poucos restos da ocupação almóada no recinto. Segue-se o pátio da Monteria no qual se situa a impressionante fachada mudéjar do palácio que D. Pedro I de Castela mandou construir em 1364. À esquerda deste a Casa da Contratação das Índias (leia-se Américas), criada pelos Reis Católicos, em 1503, para regular o comércio com o Novo Mundo e onde está patente a pintura da Virgem dos Navegantes (sec. XVI), a qual é considerada a primeira representação do descobrimento do continente americano.
Entrando no palácio Mudéjar, Real Alcázar de Sevilha, Espanha.
Entrando no Palácio Mudejar (ou de D. Pedro I) encontra-se outra das joias da visita e porventura a zona mais deslumbrante. O pátio das Donzelas, um espaço rodeado por arcos ogivais polilobados, a dois níveis, assentes em finas colunas de mármore e em cujo centro se apresenta um tanque que o cruza, é o coração deste palácio em torno do qual se abrem as várias dependências. Destas o destaque vai para a Alcova Real, com os seus 3 arcos de ferradura ricamente decorados; a Sala dos Embaixadores, onde até o mais mínimo espaço é ocupado por decoração mudéjar, coroada por uma cúpula dourada; e ainda o acesso ao pátio das Bonecas (zona de habitação da rainha) também ele um bom exemplo da arte mudéjar, e onde sobressai a cúpula de cristal (sec. XV).
Pormenores do palácio Gótico e o pátio do Cruzeiro (sec. XVIII), Real Alcázar de Sevilha, Espanha.
Coube ao rei Afonso X de Castela a construção do palácio Gótico (sec. XIII) e posteriormente remodelado pelo imperador Carlos V (sec. XVI), adaptando-o ao gosto renascentista, mantendo contudo a estrutura gótica do rés-do-chão. Entre as diversas divisões encontram-se outras duas joias do complexo palaciano: a sala das Tapeçarias, onde se expõe uma coleção de tapetes oitocentistas representando a Tomada de Tunes pelo imperador Carlos V; e o Salão de baile ou das abobadas, com azulejos renascentistas e mais tapeçarias, sendo estas provenientes da Exposição Iberoamericana de Sevilha (1929) e onde podemos encontrar referências a Portugal.
Cansados? Ainda faltam os jardins, e isso que deixámos a zona dos Quartos Reais (Entrada suplementar 4,50€ e de número restrito diário) para outra ocasião.
Os jardins fazem desde sempre parte do espaço dos palácios, com posteriores reformas, mas mantendo sempre o espírito muçulmano, com o uso de espaços compartimentados, pequenas fontes, azulejos e laranjeiras. Merecem destaque o tanque de Neptuno e galeria de Grutesco; o jardim das Damas e os Banhos de Maria Padilla; e o pavilhão de Carlos V.
A saída do circuito de visitas faz-se pelo Apeadeiro, zona de chegada das carruagens a palácio, com saída ao pátio das Bandeiras, sendo esta zona de acesso gratuito e no fundo uma zona publica da cidade dado aqui residirem ainda alguns sevilhanos.
Este é, definitivamente, um dos locais imprescindíveis numa visita de vários dias a Sevilha!
Fachado do palácio Mudejar, Real Alcázar de Sevilha, Espanha.
Pátio das Bonecas, Real Alcázar de Sevilha, Espanha.
Pátio das Donzelas, Real Alcázar de Sevilha, Espanha.
Banhos de Maria Pinilla, Real Alcázar de Sevilha, Espanha.
Tanque de Mercurio, Real Alcázar de Sevilha, Espanha.
Torre do Ouro, Sevilha, Espanha. Sevilha, capital da Andaluzia (Espanha), a pouco mais de 200 kms desde o Algarve ou desde a fronteira ...
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