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Vista sobre a Vila do Luso, Mealhada.
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Era uma vez um bosque encantando onde os moços de estribeira tinham preparado tudo para que o rei D. Carlos I chegasse para uma época de caça. Já há vários dias o monteiro-mor deambula por entre árvores centenárias e riachos na senda de encontrar os melhores locais para que o rei tivesse uma experiência que satisfizesse o seu apetite cinegético. As obras para a edificação do Pavilhão de Caça já decorriam na mata do Buçaco, e o ministro Emídio Navarro, impulsionador da renovada vila termal do Luso, pretendia que nesta visita o monarca conhecesse as novidades em curso.
Visitar o Luso e a mata do Buçaco (ou Bussaco) são um ótimo destino para um fim de semana tranquilo entre a natureza, o termalismo e a riqueza vínica e gastronómica que todos conhecem da Mealhada, contudo confesso que o leitão não é iguaria de minha devoção.
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Termas de Luso, Mealhada.
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Detalhe do Casino de Luso, Mealhada. |
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Emanatório de Luso, Mealhada. |
Conhecidas as propriedades medicinais destas águas do Luso como terapia, e tendo inclusive a rainha D. Maria I beneficiado das suas propriedades já amplamente difundidas pelos frades carmelitas que habitavam a mata. As primeiras instalações para banhos são abertas ao público em 1856 e já no final do primeiro quartel do século XX se inicia o engarrafamento comercial destas águas que em Portugal são quase sinónimo de água mineral. Várias casas de hóspedes e pensões vão surgindo para acomodar os banhistas, constrói-se o Casino e os arranjos em torno ao emanatório, junto à capela de S. João Batista.
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Passeio pela mata do Buçaco.
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Será contudo com a construção do Grande Hotel das Termas que começa uma época faustosa e concorrida do Luso, que levará a abertura de outras unidades hoteleiras, algumas ainda em uso, e que conferem a este destino uma aura melancólica. Nada mais exclusivo que entrar numa banheira ou piscina cheia de água do Luso! O uso termal destas águas são indicadas para problemas renais, reumáticos e circulatórios.
Depois de um tratamento termal ou umas braçadas na piscina nada melhor que um passeio pela mata do Buçaco (entrada com automóvel 5,00€/2020).
Mapa disponível aqui.
Percorrer o vale dos fetos, subir a escadaria da fonte fria, ir ao encontro das várias ermitas, fontes e lagos, e quem sabe subir até à Cruz Alta, para terminar tomando um refresco à sombra do imponente hotel neomanuelino que D. Carlos I encarregou a Luigi Manini.
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Convento Carmelita, Buçaco, Mealhada. |
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Painel de Azulejos de Jorge Colaço, hotel de Buçaco, Mealhada. |
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Galeria do hotel de Buçaco, Mealhada. |
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Hotel de Buçaco, Mealhada. |
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Vale dos Fetos, Buçaco, Mealhada. |
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Ermita de S. Miguel, Buçaco, Mealhada. |
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Fonte de S. Silvestre, Buçaco, Mealhada. |
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Fonte Fria, Buçaco, Mealhada. |
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