12 apontamentos para visitar o Porto (com vídeo)

Rio Douro e centro histórico do Porto.
A capital do norte de Portugal está no meu top 5 das mais bonitas cidades portuguesas, e regressar à capital do norte é sempre um prazer. Como todos aqueles sítios dos quais gostamos muito o regresso é sempre o melhor descobrimento e em cada encontro com as ruas do Porto encontramos mais motivos para voltar a apaixonar-nos pela cidade cinzenta e granítica que cativa.



1. Avenida dos Aliados

Reflexo dos Paços do Concelho, avenida doa Aliados no Porto.
Apelidada em honra dos países aliados da I Guerra Mundial, é seguramente uma das mais belas artérias do Porto e de Portugal. Aberta no inicio do sec. XX numa zona da cidade em expansão e querendo dotá-la de maior notoriedade demolem-se edifícios para abrir esta avenida coroada pelo também novo edifício dos Paços do Concelho. Os edifícios sedes ou delegações de bancos, seguradoras e várias empresas dão-lhe a dignidade de ser a sala de visitas da cidade.

2. Estação de S. Bento

Igreja de S. António dos Congregados, vizinha da estação S. Bento, Porto
É a estação norte do Porto, onde confluem utentes e visitantes que ainda que não chegando ao Porto de comboio não a deixam de visitar. Inaugurada em 1916 numa construção de tipologia francesa destaca pelos painéis de azulejos que decoram o seu amplio átrio, cujo autor é Jorge Colaço, representando paisagens do norte e episódios históricos ligados ao Porto.

3. Torre dos Clérigos

A torre dos Clérigos sobre os telhados do Porto.
É o símbolo do Porto. A esguia torre campanário da igreja dos Clérigos é da autoria de Nicolau Nassoni (sec. XVIII) sendo o exemplo maior do final barroco em Portugal. Depois de subir os 225 degraus, desde o topo tem-se uma bela panorâmica da cidade, mas julgo que o mais importante aqui é admirar a própria torre e a delicadeza com que se alça nos céus do Porto. (Entrada 5,00€/2018).

4. Livraria Lello

É uma das mais belas livrarias do mundo e a sua ligação aos best sellers de Harry Potter fizeram com que se tornasse um corrupio constante de selfies. A sua arquitetura saiu da cabeça do engº Xavier Esteves, inspirado pelo art déco, fazendo-a um templo da cultura onde se realizam colóquios, palestras, concertos e apresentações de livros (Entrada 4,00€/2018, a descontar na compra de livros).

5. Sé

Pelourinho e Sé do Porto.
De matriz românica vai ser ao longo dos séculos transformada até chegar aos dias de hoje numa mistura eclética que merece uma visita. O corpo da igreja é sóbrio enquanto a cabeceira, a galilé lateral e a rosácea da fachada são obras barrocas. De devoção popular é a imagem de N. Sra. Vandoma, padroeira da cidade e que podemos também ver no escudo da cidade. (Entrada Sé gratuita; Claustro e Casa do Cabido 3,00€/2018).

6. Ponte Luiz I

O seu arco de ferro foi considerado à época o maior do mundo. São 395 metros que ligam o Porto a Gaia através de dois tabuleiros, unindo o superior a Sé à Serra do Pilar e o inferior a Ribeira ao Cais e Caves de Gaia. Não deixes de admirar e tomar um refresco nas bases do pilar da anterior ponte Pênsil de onde se tem uma vista extraordinária da ponte.

7. Ribeira

Praça da Ribeira, Porto
Um dos bairros mais populares e antigos da cidade do Porto, onde terá nascido o Infante D. Henrique, numa casa que foi também Alfândega. Imaginar esta zona fervilhando de mercadores em vez de turistas, a cheiro a carvão e carnes em vez de carne no carvão pode levar-nos a perceber a importância histórica deste cais de onde se comercializava Portugal ao mundo e de onde nasceu o Porto burguês.

8. Igreja S. Francisco

Interior da igreja S. Francisco | fotografia VisitPortugal
O mosteiro de S. Francisco ergueu-se no século XIII numa zona perto da Ribeira, da qual apenas subsiste a igreja dado que o mosteiro foi desamortizado dando lugar ao Palácio da Bolsa (sec. XIX/XX). A igreja é apelidada de igreja de ouro, dado que o espaço gótico foi recoberto com talha dourada barroca ao longo dos sec. XVII/XVIII. (Entrada 6,00€/2018).

9. Cruzeiro no Douro

Selfie com a ponte D. Maria Pia.
Ponte da Arrábida (Edgar Cardoso, 1963), ponte D. Luiz I (Théophile Seyrig, 1888), ponte Infante D. Henrique (António Adão da Fonseca e Francisco Millanes Mato, 2003), ponte D. Maria Pia (Gustave Eiffel, 1877), ponte S. João (Edgar Cardoso, 1991) e ponte do Freixo (António Reis, 1995). Ver as pontes do Porto / Gaia desde o rio Douro, mas sobretudo as margens das duas cidades é uma das experiências a fazer numa visita ao Porto.

10. Cais de Gaia

Marcas da cheias numa das caves do Vinho do Porto, cais de Gaia.
O Porto é mais belo visto de Gaia e desde este cais. Aqui se concentram as caves que armazenam e envelhecem o néctar que trouxe os ingleses ao Porto e ao rio Douro. A visita às Caves do Vinho Porto é algo imprescindível numa primeira e seguintes visitas ao Porto. Ainda que ainda não incluídas na área do centro histórico do Porto classificado como Património Mundial é merecedor desse reconhecimento pelo valor cultural que preservam e mantêm vivo.

11. Mercado do Bolhão

Mercado do Bolhão, Porto.
Desde a minha primeira visita, ainda no século passado, se fala nas obras de restauro deste histórico mercado, e cada vez que regresso nota-se mais a sua necessidade. Aberto em 1850 matem resistentes vendedores de frutas, flores, carnes e peixes que convivem com o número crescente de lojas de "souvenires". Ainda assim não há como não dar uma volta pelo mercado e ouvir o som das vozes dos vendedores apregoando os seus negócios.

12. Rua de Sta. Catarina

A rua comercial do Porto tem muito que oferecer a que visita a capital do Douro. Lojas de marcas internacionais, lojas tradicionais e de proximidade onde se pode encontrar de (quase) tudo. Depois está também a capela das Almas e os seus azulejos (1929) representando a vida de S. Francisco e de Sta. Catarina que é venerada neste templo. E que tal tomar um "cimbalino" no Café Magestic?

E se depois de conheceres estes 12 sitios queres aprofundar o teu amor pelo porto aqui tens mais 15 apontamentos para ir ao detalhe e ao menos conhecido deste senhor cinzento e amável que é o Porto.

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