Em 1980, a Unesco, reconhece o centro histórico desta cidade como Património Mundial, valorizando o trabalho desenvolvido na sua reconstrução. Hoje a cidade apresenta-se-nos com um enorme fulgor de modernização, renovando-se, crescendo e aumentando o nível de vida dos seus habitantes.
Caminho Real
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Mausoléu com o coração de Chopin, Varsóvia, Polónia. |
Começamos este percurso à sombra do
palácio Staszic (sec. XIX) que alberga a Academia Polaca das Ciências, e junto à
estátua de Nicolaus Copernicus, nascido na cidade polaca de Toruń. Subindo um pouco mais a rua surge a igreja da Santa Cruz (sec. XVII), o templo barroco que acolhe o coração de
Fryderyk Chopin, outro vulto da humanidade nascido na Polónia. Ao longo da rua e do denominado Caminho Real surgem bancos de pedra negros que permitem ouvir música deste compositor, ideais para sentar-se e contemplar os vários palácios que se erguem a um lado e outro da artéria. Entre dois deles surge o portão de acesso à
Universidade e no centro do seu jardim o
antigo edifício da biblioteca universitária.
Subindo um pouco mais encontra-se outra igreja, desta vez sob a invocação de
S. José esposo da Virgem Maria, com um rico púlpito rococó. Segue-se o
palácio presidencial (sec. XVII/XIX), a
igreja do seminário e a
igreja de Sta. Ana (sec. XV), com um belo interior gótico e de cuja torre campanário se pode observar a praça do Castelo ali ao lado.
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Praça do Castelo, Varsóvia, Polónia. |
Este bairro histórico, reconstruído na sua totalidade desde o fim da II Guerra Mundial, e desde 1980 reconhecido pela Unesco como Património Mundial, encosta-se ao
rio Vístula, encerrando-se dentro duma muralha do século XVI, envolvendo os edifícios mais pseudo antigos da cidade. A praça do Castelo é a porta de entrada no seu centro histórico, tendo no centro a
Coluna do rei Zygmunt, e a grande mole do
Castelo Real (sec. XV), que alberga um espaço museológico, onde destacam as salas de aparato e alguma outra peça de arte. (Entrada 30PLN/2017). Ao longo das suas ruas empedradas, encontra-se a
Basílica Catedral do Martírio de S. João Batista, fundada no sec. XIV e que historicamente tem servido de panteão de casa nobres, arcebispos, reis, presidentes da república e figuras notáveis da história da Polónia. Pegada à catedral está a igreja renascentista da padroeira da cidade, a
Virgem das Graças, à porta da qual a estátua de um
urso de pedra, recorda a lenda segundo a qual ali está encerrado um príncipe que aguarda pela mulher que o devolva à forma humana. Outra das curiosidades de Varsóvia, encontra-se precisamente nas traseiras desta catedral, na praça Kanonia, onde existe um enorme sino do sec. XVII, que convém rodear 3 vezes para obter bons augúrios, enquanto se observa uma das mais estreitas fachadas que existe na Europa.
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A sereia de Varsóvia na praça do Mercado, Polónia. |
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Muralha de Varsóvia, Polónia. |
Caminho da praça do Mercado, encontra-se o passadiço que nos leva a um dos mais belos miradouros sobre o rio, o
Gnojna Góra. A dosi passos está a
praça do Mercado, que se terá aberto no sec. XII e que foi o palco da vida da cidade, apresentando-se hoje com as feições que teria no século XVII com as suas belas casas seiscentistas. No centro ergue-se o símbolo de Varsóvia, a
estátua da sereia que, desde o mar e subindo o Vístula, chegou a este local tendo ficado encantada pela zona, sendo protegido pelos pescadores locais daqueles que a queriam apressar, jurou defendê-los e proteger a cidade, segundo reza a lenda.
Como última etapa na cidadela, uma paragem na
barbacã e junto à muralha e à zona ajardinada que a rodeia.
Cidade Nova (Nowe Miasto)
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Fonte do Unicórnio frente à igreja de S. Casimiro, Varsóvia, Polónia. |
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Igreja do Espirito Santo, Varsóvia, Polónia. |
Podemos considerá-la ainda como centro histórico, dado ser a cidade nova que cresce fora de muralhas durante o século XV. Aqui encontram-se várias igrejas como a de
S. Francisco, a de
S. Benon (sec. XVIII) ou a do
Espirito Santo (sec. XVIII). Além disso é uma zona de comércios e restaurantes, sobretudo a rua Freta, que te levará também à praça do mercado da cidade nova e à igreja de S. Casimiro (sec. XVII/XVIII). Ao fundo da rua Koscielna, junto à igreja da
Visitação (sec. XV) está a estátua de outra figura universal nascida em Varsóvia,
Marie Curie, primeira mulher a receber um Prémio Nobel e a primeira pessoa que foi galardoada duas vezes! Se terminas este roteiro pela Cidade Nova ao fim do dia, certamente as luzes multicolores junto ao rio já te chamaram a atenção, trata-se da
Fonte Multimédia, um conjunto de repuxos e luzes leds que nas sextas-feiras e sábados, durante o verão, proporcionam um espetáculo de luz e cor junto ao rio Vístula.
Praga e a Revolta
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Catedral de Sta. Maria Madalena, Varsóvia, Polónia. |
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Catedral de S. Floriano, Varsóvia, Polónia. |
Cruzar o rio Vístula e passear pelo
bairro de Praga é um ótimo programa para conhecer uma zona residencial da cidade que sobreviveu quase intacta à guerra e na qual hoje se refugiam artistas, o que leva a que tenha um ar boémio com algumas das cafetarias e bares mais em moda na cidade. Aqui encontra-se ainda a
catedral católica do arcanjo S. Miguel e do mártir S. Floriano, neogótica (sec. XX), a
catedral ortodoxa de Sta. Maria Madalena (sec. XIX) com as suas cúpulas aceboladas ou o conjunto escultórico representando uma banda musical típica deste bairro de Varsóvia.
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Monumento à Revolta de Varsóvia em dia de aniversário, Varsóvia, Polónia. |
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Estátua do Pequeno Rebelde, Varsóvia, Polónia. |
De regresso à margem esquerda do Vístula, rumamos agora encontro dos pontos que recordam as feridas causadas ao povo polaco ao longo do perturbado século XX. O
museu da Revolta de Varsóvia (Entrada 20PLN/2017), no qual se comemora o movimento cidadão que levou à reconquista da cidade, expulsando o alemães nazis, pode ser o ponto de inicio deste passeio temático que obrigatoriamente terá que passar pelo
Monumento aos Combatentes da Revolta (sec. XX), uma escultura que recorda todos os que lutaram pela liberdade da cidade e em torno da qual decorrem as comemorações do 1º Agosto, aniversário da revolta. Um pouco mais a sul, junto ao jardim Łazienki Królewskie o monumento e a chama eterna ao soldado desconhecido. Para terminar este passeio dirigimo-nos em direção às muralhas e à
estátua do pequeno rebelde de 1944, local de devoção da população, que homenageia as crianças que filhos dos heróis da Revolta.
Palácio da Cultura e Ciência
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Palácio da Cultura e da Ciência, Varsóvia, Polónia. |
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Vista oeste desde o Palácio da Cultura e Ciência, Varsóvia, Polónia. |
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Vista leste desde o Palácio da Cultura e Ciência, Varsóvia, Polónia. |
Curiosamente o
Palácio da Cultura e da Ciência é um dos pontos mais procurados por quem visita a cidade de Varsóvia é um testemunho da ocupação soviética, tendo sido levantado entre 1952/55 como uma oferta de Estaline à cidade. É o mais alto edifício da Polónia e há que subir num rapidíssimo
elevador até ao andar 30 (de 42) para poder contemplar a cidade desde o miradouro. Hoje rodeado por outros arranha-céus de mais recente construção, o palácio soviético, alberga várias valências culturais como a cinemateca, um posto de turismo, biblioteca, faculdades, salas de concertos, etc. Entrada 20PLN/2017.
E tudo o resto...
Dentro do
roteiro de 9 dias pela Polónia, não houve tempo para mais, dado que havia que seguir para Cracóvia, deixando muito mais por conhecer mas que ficam apontados para uma próxima visita à cidade: o
museu de Chopin, o
Centro de Ciência Copérnico ou os antigos palácios reais de
Wilanow (sec. XVIII) e o de
Nieborow (sec. XVII/XVIII).
Adorava ir a Varsóvia é um lugar encantador!!
ResponderEliminarNovo post: http://abpmartinsdreamwithme.blogspot.pt/2017/11/revelacao-primeiro-destino-roma.html
Beijinhos ♥
Dicas excelentes, parabéns 👍
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