Teruel, visitar a terra do am❤r

Os amantes de Teruel, que apenas se tocam na sombra.
Porquê terra do amor? Em Teruel existe uma lenda, semelhante à de Romeu e Julieta, que apelida esta localidade como a terra do amor. Conheçamo-la. Tudo remontará ao sec. XIII e ao amor impossível entre Isabel de Segura e Diego de Marcilla, provenientes de famílias de diferentes estratos sociais. De forma a ganhar fortuna Diego partiu para a guerra em busca de fortuna. Passados cinco anos ela fora entretanto prometida a um rico pretendente, e ao encontrar-se com Diego pede-lhe que a esqueça e busque o amor noutros braços. Diego pede-lhe um beijo pois morre de amor por ela, recusando-se Isabel vê cair morto a seus pés Diego. Já na sua mortalha, na igreja de S. Pedro, Isabel vai ao velório com a intenção de ver o corpo morto do seu amado terminando por beijá-lo de tal forma que acaba ela morta caída a seu lado... assim nasce a lenda dos Amantes de Teruel

Zimborio da igreja S. Pedro, Teruel, Espanha.
Interior da igreja S. Pedro, Teruel, Espanha.
É precisamente esta igreja de S. Pedro um dos pontos mais visitados de Teruel. Não só por aí se encontrar a sepultura dos Amantes de Teruel, mas porque esta igreja é um dos vários exemplos de construção mudéjar que se encontram, nesta zona de Aragão, estando declarada como Património Mundial. A visita ao complexo pode fazer-se com várias tarifas dependendo do pretendido, mas aconselhamos a tarifa E (5,00€/2017). A torre desta igreja data do sec. XIII e é uma obra prima da arquitetura mudéjar, isto é, construções realizadas por muçulmanos que permaneceram no território após a conquista cristã. Também o zimbório e o claustro, em tijolo e decoração geométrica refletem o gosto e a forma islâmica ao serviço do culto cristão. O interior da igreja, de belo aspeto, foi recuperado no sec. XIX, após um incêndio, conservando-se retábulos renascentistas. Quanto ao mausoléu dos amantes, recordar que a peça exposta é obra do escultor Juan de Ávalos (sec. XX), autor também do Vale dos Caídos.

Torre da igreja S. Pedro, Teruel, Espanha.
Outras das igrejas com torres mudéjares são a catedral (sec. XIII), que se encontrava em obras aquando da visita (2017), a igreja do Salvador e San Martin da centúria seguinte, completa esse conjunto patrimonial.

Torre mudéjar da igreja do Salvador, Teruel, Espanha.

Torre mudéjar de San Martín, Teruel, Espanha.

Por outro lado, a praça central, encontramos outros género completamente diferente de arte, o modernismo, uma série de construções do arquiteto Pablo Monguió, que dão à praça do Torico um aspeto diferente e contraponto ao mudéjar. O nome da praça deve-se à pequena estátua de um touro que coroa a fonte central da praça, onde se pode degustar o presunto de Teruel e alguma outra das especialidade da gastronomia aragonesa.

Praça do Torico, Teruel, Espanha.
Para terminar a jornada não se deixe de visitar o Aqueduto dos Arcos (sec. XVI), curioso pelo fato de servir simultaneamente de ponte ligando os dois lados do vale, podendo ser atravessar-se pelo seu interior para chegar ao centro urbano. Também interessante a praça dos Franciscanos, com edifícios neomudéjares ou o passeio de Óvalo e a sua escadaria monumental (sec. XX).

Aqueduto dos Arcos, Teruel, Espanha.

Catedral vista desde o museu Provincial de Teruel, Espanha.

Catedral de Teruel, Espanha.

Sem comentários

Com tecnologia do Blogger.