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St. Werburgh street, Chester, Reino Unido. |
Localizada a apenas 65 kms de
Manchester, facilmente se acede desde esta por autoestrada, ou, no meu caso, de comboio.
É uma cidade de 80.000 habitantes e em cujo centro se mistura o património edificado e as compras, particularmente ao longo da Eastgate street. A sua fundação deveu-se aos romanos em 79 a.c. dando-lhe o topónimo de Deva Victrix, tornando-se numa importante urbe na Britânia romana. Com a decadência do Império Romano ocupam-na os Saxões que a fortificaram. Mas o seu centro histórico leva-nos diretamente até à Idade Média, época em que esta ganha importância e se consolida como uma das vilas fortificadas mais importante do noroeste inglês. Essa posição de primazia territorial vai perde-la com a revolução industrial, quando Manchester e Liverpool se tornam o centro económico do Reino Unido.
Percorrer as suas ruas entre vestígios da passagem dos romanos, do período medieval, que lhe marca o carácter e as centenas de lojas é uma bela excursão a não perder numa viagem até Manchester.
1. Muralhas de Chester
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Muralhas de Chester, Reino Unido. |
A sua origem remota à ocupação romana quando no sec. I a.c. se fortifica a cidade, e da qual ainda restam vestígios entre as várias reedificações medievais. O rei William I de Inglaterra edifica um castelo em Chester, reformando e ampliando esta muralha. Passear pelo seu adarve é uma bela forma de percorrer alguns dos principais pontos de interesse de Chester ao longo dos seus 3 kms de perímetro.
2. Eastgate Street
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Eastgate Street, Chester, Reino Unido. |
É uma das principais ruas comerciais de Chester, em conjunto com as ruas Watergate, Northgate e Bridge Street, que formam o denominado Rows e que testemunham o traçado do Cardo e Decúmano romanos. No entanto a sua aparência atual é o de casas vitorianas, com vigas de madeira escurecidas sobre o branco das paredes. Ali se encontra multitude de lojas, quer de marcas internacionais quer lojas tradicionais cheias de encanto, entre cafetarias e restaurantes.
3. Eastgate Clock
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Relógio de Eastgate, Chester, Reino Unido. |
Situado sobre a Eastgate Street e correspondendo ao traçado da muralha, é o ex-líbris de Chester. Trata-se de um bonito relógio do século XIX, construído por subscrição pública para celebrar o 60º aniversário de reinado da rainha Vitória, daí as iniciais "VR" (Reinado de Vitória) que ostenta, além do ano da sua construção. É obrigatório atravessá-lo ao entrar em Eastgate Street mas pode e deve-se aceder ao mesmo pelo adarve da muralha. Depois do Big Ben de Londres está considerado como o mais belo relógio do Reino Unido.
4. Town Hall
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Town Hall, Chester, Reino Unido. |
É um edifício neogótico, datado de 1869, inaugurado pelo rei Eduardo VII de Inglaterra. Apesar de não ter o esplendor dos Paços do Concelho de Manchester, é um edifício harmonioso com a sua torre de 49 metros de altura, destinado às reuniões e cerimónias oficiais.
5. Anfiteatro Romano
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Anfiteatro romano, Chester, Reino Unido. |
Descoberto nos inícios do sec. XX, trata-se da antiga estrutura do espaço romano dedicado ao circo e aos jogos de gladiadores. Os vestígios, devidamente musealizados, apresentam parte da arena e da cávea inferior, situando-se entre a muralha a igreja de S. João Batista, a muralha e o rio Dee.
6. St John the Baptist's Church
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St John the Baptist's Church, Chester, Reino Unido. |
Situada ao lado do anfiteatro, é uma igreja anglicana datada do sec. XIII, com posteriores ampliações. Construída em arenita, no seu interior destacam os grandes pilares cilíndricas e um elegante trifório. No exterior encontramos ainda as ruínas de anteriores construções, dado esta ser a mais antiga igreja local com fundação que remonta ao sec. X.
7. Cathedral
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Arte contemporaneo no interior da catedral, Chester, Reino Unido. |
Inicialmente construída como um complexo monacal beneditino católico do sec. XI, transformar-se em sede episcopal anglicana em 1541, após a extinção das ordens religiosas. É um extraordinário complexo religioso onde se mistura o estilo tudor, românico e gótico, estando composto por claustro, refeitório, biblioteca e igreja. No interior da igreja destaque para o coro, com um notável trabalho de madeira, o arco dos sussurros, que permite ouvir o interlocutor desde o outro lado da nave, bem com umas curiosas obras de arte contemporâneas representando o calvário.
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